terça-feira, 30 de outubro de 2012

É PIC..É PIC..É HORA, É HORA! RA - TI - BUMMMM!!!


Parabéns pra você! Esse foi o som do ultimo domingo (28) no quarto 201 do hospital Jardim Cuiabá. (peraí, no hospital?) isso mesmo que você leu, no hospital.
Angelo Gabriel comemorou seu terceiro aniversário ali mesmo no quarto do hospital onde esta internado há 17 dias, com direito a decoração, bolo, salgadinhos, docinhos e ate lembrancinhas. Tudo cuidadosamente organizado pelo papai, a mamãe, a titia e a avó (paternos).

É claro que não era a intenção passar o aniversário do pequeno no hospital, mas 15 dias apos a alta da ultima internação ele apresentou febres altíssimas e vômito e infelizmente todos os planos de comemoração tiveram de ser adiados devido a uma nova internação na uti e denovo com quadro de pneumonia (coisa que também quero detalhar num outro post).
Mas enfim, neste momento quero agradecer a presença de todos que passaram por la para parabenizar meu Angelo, meu muito obrigada aos primos Sinara (com Alicia) e Anderson, tia Irene e tio Joadir, tia Irani e tio Otaviano; tio Edy e prima/tia  Elianinha; a vovó Eliane que muito carinhosamente fez sanduíches e cupcakes; a tia Elisa que comprou itens decorativos lembrancinhas, encomendou salgados e o bolo; ao vovô Rubens e o tio Vitor; ao Shrek (vulgo Dhiego Feitosa) que representou a madrinha Angélica; ao tio Marquito e sua risada contagiante; ao vovô Aureo; a tia Rosa e a vovó Cida que marcaram presença dando colo de sobra pro anfitrião; a equipe do Posto II  do Hospital Jardim Cuiabá por colaborar e permitir a festinha no quarto; a equipe da UTI neo Mamãe Canguru II que fez questão de marcar presença (ainda que de madrugada hehe) para felicitar o aniversariante; ao dr. Sérgio pela sua dedicação durante esses 17 dias e pelo presente (ja vejo a cara do anjo quando ver o ursinho dizer: oláaaa sou o seu novo amiguinho!! kkk) e principalmente a Kauane e o Otávio que foram a maior alegria do anjo, afinal não podia faltar criança nessa festa! 



Foi maravilhoso podermos estar juntos neste momento. Afinal que pai e mãe não sonha em dar uma festa com tudo o que o filho tem direito? e quando isso não é possível (ainda mais por uma questão de saúde da criança) é extremamente doloroso. Mas com a ajuda de vocês nada disso foi percebido e o momento foi tão especial quanto deveria ser ( se não, mais!).

Aos amigos e demais familiares que não puderam estar conosco devido a esta circunstância, saibam que não nos faltará oportunidade e certamente em breve estaremos todos reunidos comemorando esta vitória que é  VIVER! Um ano mais, dois, três .não importa quantos anos nos serão permitidos, o que importa é nunca deixar de acreditar que viver vale apena!

E quanto aos próximos aniversários, que sejam em hospitais, em casa, num salão, na casa de um amigo, numa boate, num clube, na escola ou no céu (se assim Deus desejar), não importa onde, quando, como... devemos sempre comemorar esta data tão fantástica que é contemplar o nascimento, a soma, ou a existência física ou na memória que for, de alguém que amamos que queremos bem acima de tudo, devemos sempre estar prontos para um sorriso, para ser feliz por este a quem tivemos a oportunidade de conhecer e é este o melhor motivo a se comemorar:  A OPORTUNIDADE...de viver, conhecer, ter estado ao lado deste alguém, seja um pai, um namorado, um amigo ou um filho.






Obrigada a todos que nos apoiaram até aqui, que nos acompanham nestes três anos de alegrias e tristezas, de lutas e festas.



Obrigada meu Deus, por nos permitir o 
Angelo Gabriel!


segunda-feira, 15 de outubro de 2012

E lá vamos nós (de novo)!

Alô pessoal!

Só passando aqui rapidinho pra informar pra todo mundo (por aqui é mais rápido) que o Anjo internou de novo, ontem, com pneumonia. Ele está meio fraquinho, com vômito e febre, mas nada tão grave. Até deu risada hoje depois de morder o pai!

Qualquer novidade, informaremos aqui.


Rafael

quinta-feira, 11 de outubro de 2012

Atendimento na saúde: revolta!

Há muito não passo por aqui , o tempo anda corrido e estou preparando uns posts especiais. Contudo, fiz uma pausa pra falar de um assunto que vem sendo rotineiro nos últimos meses: o mau atendimento na saúde.
Se quem vende carro, é vendedor de produto, um médico é também um vendedor de serviços.
Sim ele nos vende seu serviço, mas raramente lembra-se que somos seus clientes.
É bem mais fácil denominar-nos somente como pacientes, moribundos, necessitados que precisamos de seus préstimos e que devemos ser gratos por isso. 
Em primeiro lugar quero lembrar que não estamos pedindo caridade e sim atendimento. Seja na saúde publica ou na rede particular, ninguém esta la trabalhando, oferecendo seus serviços por pura bondade e amor ao próximo, estão la para ganhar dinheiro, seu salario que deve ser jus ao seu trabalho.
É certo que nem sempre é justo, mas uma condição que antes de tudo foi aceita pelo individuo ninguém o obrigou a nada.
Entretanto somos tratados com desmazelo e somos obrigados a aceitar tudo como se fossem todos filantrópicos e nós os coitados sortudos.

Recentemente publiquei num grupo ao qual participo no facebook, dois relatos de situações constrangedoras a que fomos submetidos em hospitais, onde buscamos tratamento para nosso filho Angelo Gabriel.
Como nem todos que acompanham o blog, participam da rede social, resolvi postar aqui também estes relatos a fim de protestar e alertar aos que precisam ou precisarão um dia de contratar este serviço: atendimento médico.

Espero receber comentários e também relatos que venham a contribuir com meu protesto, obrigada!



RELATO I 


Ontem foi um dia extremamente exaustivo. Meu Angelo teve uma crise de apneia e quase foi preciso ambuza-lo e coloca-lo no bipap, em seguida teve uma hipotermia que demorou muito a passar e em seguida veio uma febre de 39,6 graus. 

Foi a segunda vez que aconteceu isto esta semana. A primeira vez aconteceu quando fomos fazer uma tomografia de abdomem, e logo após ser injetado o contraste na veia anjo teve uma crise de apneias que em seguida tiveram os mesmos sintomas, dando inclusive manchas avermelhadas pelo seu corpo.

Isso levou-e a suspeitar de reação alergica, mas na primeira vez conversei com o Médico responsável da uti dr Aroldo e ele disse que não, e que se fosse teriamos que esperar passar.

Da segunda vez, como havia pesquisado algo na internet, resolvi mais uma vez conversar com o plantonista, para esclarecer ainda algumas duvidas que me assombravam: pois o medico responsavel pela realização do exame, disse-me que era necessario manter um acesso venoso no Angelo (pois ele nao estava com acesso ate entao, estava tomando todos os medicamentos pela gastro) para caso ele tivesse alguma reação e fosse necessario medica-lo.
Pois bem, logo que soube do que havia acontecido (minha sogra estava com o Angelo na segunda vez que aconteceu o fato) eu fui logo para o hospital e pedimos (eu e meu esposo) para falar com a plantonista dra. Isa.

Entretanto fui surpreendida, pois esta senhora ao me atender (com grande falta de vontade) parecia insatisfeita com as minhas dúvidas.

Chegou com o prontuário em mãos e antes que eu fizesse qualquer pergunta ela começou a ler o prontuário (Ora, se fosse para ler eu mesma poderia te-lo feito!).

Tentei questiona-la, tirar as minhas dúvidas, mas ela sempre me interrompia. Isso foi me deixando bastante irritada e fui ficando muito nervosa.
Sempre interrompida, tive que falar cada vez mais alto pra tentar ser ouvida. Ela então começou a me dizer que estava falando baixo comigo, que eu não entendia o problema do meu filho, que o estado dele era grave, que os problemas dele são oriundos da sindrome (triste quando os medicos são muito mal informados, gostaria muito que um neurologista estivesse la naquele momento).
E por fim disse-me que ele estava la por que estava doente (nossa! que descoberta, juro que o levei pro hospital pra passear¬¬") e que haviam outras uti's por ai que eu não precisava ficar la se estivesse insatisfeita.
Tão logo respondi a ela: "a senhora esta sugerindo que eu procure outro hospital porque esta incomodada com as minhas perguntas"?
Ela começou a defender-se dizendo que não era isso que tinha dito, que ela queria ve-lo bem e que eu estava atrapalhando o tratamento.
Em seguida ela chamou a enfermeira e disse para a enfermeira avaliar se ela estava falando alto, ou sendo grossa comigo. E passou a dirirgir-se a enfermeira (que ficou entre a cruz e a espada).
Eu então disse a ela: "dra. Quem esta lhe fazendo perguntas sou eu, a senhora deve dirigir-se a mim e não a enfermeira"


Ela respondeu-me: "eu estou falando a ela tudo o que  disse a você, e não vou mais discutir com você."


E afirmou a enfermeira que em cada plantão deveria toda a equipe ir com a pasta ler para mim o boletim medico. Uma vez que estava incomodada com o fato deu ter dito que queria um diagnostico, pois cada plantonista me dava um diagnostico diferente.
Depois de ter dito tais coisas a enfermeira, me virou as costas e disse que não ia falar mais comigo.


A equipe muito constrangida com o ocorrido orientou-me a me acalmar e não pedir transferência do hospital (claro, sabemos que vagas em utis são como pepitas de ouro).

Mas graças a Deus conseguimos vaga na outra uti a qual sempre internamos o nosso pequeno. Mesmo sendo uma uti da mesma rede, esta médica em uso de ferraduras, não faz plantão la (o que me felicita muito).

Fomos transferidos no mesmo dia, e a "senhora" muito "delicada" que certamente não deve saber o que é ser mãe, ainda veio me dizer que não teríamos direito a transporte e que era pra eu me virar.
Ja estamos instalados na nova uti, depois de uma exaustiva noite de transferência e uma madrugada cheia de exames. Mas pelo menos agora estou certa que meu pequeno sera bem cuidado ao invés de ser tratado por uma médica que devia ter feito artesanato ja que passa o dia todo fazendo origami.
Outro dia ainda chamou uma mãe que estava aos prantos pois o filho estava em cirurgia e fez ela ficar em sua sala fazendo origami. 
Impressionante a falta de bom senso. Interessante a proposta do "ócio criativo" da "terapia" mas sera que era o momento propício.
Da próxima vez vou desenhar pra ela minhas dúvidas, ou dobra-las num papel pra ver se ela entende!
Deixo aqui minha revolta e meu relato da internação do meu filho na uti do Hospital Santa Rosa.


(texto publicado no grupo Dandy Walker Brasil - facebook, no dia 10/09/2012)



RELATO II






Boa tarde galera =)

olha eu mais uma vez aqui pra reclamar to triste atendimento médico da minha cidade.
Hoje mais uma vez vivemos um episodio estressante. Não foi grande coisa, mas coisa que precisa ser dita, refletida e pensada pelos profissionais da saúde.
Quando meu pequeno ainda estava internado, ja completando 30 dias de sua cirurgia de gastrostomia, estava marcado para que fosse solicitado o boton para substituir a sonda que esta em uso. Contudo devido a internação e varias intercorrencias, acabamos perdendo a data da consulta.

Ligamos para o cirurgião dr, Osvaldo, que nos orientou a pedir que o medico responsavel da uti onde Angelo estava internado, fizesse o pedido do boton, ja que levaria em torno de 20 dias para ser liberado, o que era tempo suficiente para o tratamento do Angelo e preparação para colocar o boton.

Conversamos com os medicos plantonistas da uti e passamos as especificações do produto para ser solicitado. Lembro-me que as medicas que estavam de plantão dra Paula e dra Giovana, muito criticaram a atitude do cirurgião pois deveria ser um procedimento realizado por ele (a solicitação do tal boton).
Contudo encaminharam o pedido (em nosso favor) para a dra Wanessa, que era quem tinha o convenio com nosso plano e podia solicitar no sistema, e tb por ela ser colega de profissão do cirurgião.
Pois bem, no dia 03/10 a dra Wanessa (muito solicita) fez o pedido. 
Quando Angelo deixou a uti, ligamos para o cirurgião para saber entao como procederia ja que o pedido foi feito na uti e não por ele. Ele nos orientou a ligar na unimed pra saber o andamento.

Ligamos e então exigiram de nós que fosse afirmado onde seria realizado o procedimento, para que enviassem o material.

Ligamos novamente para o cirurgião que nos disse que seria realizado no Hospital Femina (onde fora realizada a gastrostomia).
Informamos a unimed que dise que fora protocolado a informação e que era pra continuarmos ligando pra acompanhar o pedido.
No dia seguinte entretanto, recebi uma ligação da secretária do cirurgião me informando que o procedimento seria realizado hoje (quinta feira, 11/10 ) as 8h da manhã, no hospital são Matheus (onde fica o consultório do dr, Osvaldo). Perguntei pra ela se era isso mesmo, pois eu havia de informar a unimed, ate pedimos que ela o fizesse, contudo alguns minutos depois ela retornou a ligação dizendo que não conseguia falar na unimed e que era pra gente tentar.
Ligamos pra unimed e repassamos a informação recebida. (tenho inclusive os protocolos das chamadas).

Saimos hoje cedo, as 7h da manhã de Várzea Grande para Cuiabá (que devido as obras da Copa, esta um transtorno), e chegamos as 8h10 no hospital São Matheus.

Ao chegarmos na recepção do consultorio do dr, a secretária nos orientou a seguirmos para a recepção de internação.

Fomos para o setor de internação, e durante o processo burocrático, fomos informados que não constava nada na unimed, nem a solicitação do procedimento cirúrgico nem a solicitação do boton. Ligamos na unimed e confirmaram que o boton havia sido solicitado dia 03/10 mas que estavam aguardando a confirmação d afamilia de onde seria realizado o procedimento (infelizmente os protocolos das ligações anteriores estavam em casa).
O centro cirurgico no entanto estava agendado, retifiquei a atendente que fui informada pela secretaria do cirurgião que a cirurgia estava marcada para hoje.
Ela entrou em contato com a secretaria que disse nada saber a respeito e que não conseguia falar com o dr, pq ele estava em sala de cirurgia.
Frustrados, cansados, resolvemos voltar pra casa.
Logo que chegamos, ligamos diretamente no celular do cirurgião e este nos informou que tinhamos que confirmar na unimed pra onde mandaram o boton pq ele não foi notificado de nada. Dizemos a ele que fomos la em fé da palavra da secretária dele.


Final da história: ninguém queria assumir o "filho feio" enquanto exibíamos nossos narizes de palhaços neste grande circo.


Quem tem filho especial e vive em regime de home care, sabe quão complicado é tirar uma criança de casa. Geralmente temos que reservar ambulância pra fazer as remoções para hospital, me pergunto se tivéssemos feito isto e não ido com nosso carro, quantos mais palhaços seriamos e pra quantos mais seriamos?

Deixar uma criança em jejum, tira-la de casa dormindo, enfrentar o clima chuvoso que estava hoje pela manhã, expondo a saúde dessa criança, para sermos recebido com o famoso ditado do NOÉ - não é comigo! (?)
De quem é a responsabilidade? muita coisa a ser questionada, no atendimento que dão aos pacientes. Ve-se que isso não se resume a saúde da rede pública sob a desculpa do mal salário, pois os convênios pagam muito bem obrigada!


Triste mais uma vez e revoltada com a falta de respeito e descaso pela qual somos submetidos!


(Texto publicado no grupo Dandy Walker Brasil -facebook, no dia 11/10/2012)